Observatório de Áreas Protegidas – OBSERVA
  • Grupo de Pesquisa Observatório de Áreas Protegidas

    O Observatório é uma iniciativa de um espaço de pesquisa, ensino e extensão que responda as necessidades de estudar as áreas protegidas, elaborando propostas e impulsionando medidas de proteção, de gestão e de ordenamento, tendo por base a sustentabilidade socioambiental.

    Congrega pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento.

    Investiga questões referentes as áreas protegidas, sejam essas unidades de conservação, territórios de povos tradicionais indígenas e quilombolas, ribeirinhos, áreas verdes e áreas azuis, reserva legal, áreas de preservação permanente e outros espaços protegidos por comunidades e de forma legal ou informal constituído por essas.


  • A cidade e A CIDADE: Florianópolis como cidade que protege, como cidade que quer tirar a proteção.

    Prezados,

    Inicialmente indico que o texto abaixo foi escrito de forma direta e simples, para que qualquer leitor compreenda e reflita sobre atos e ações relacionados à cidade, antes mesmo que aconteçam!

    Existe um livro de ficção científica bem interessante chamado “A cidade e a cidade” do escritor britânico China Miéville, no livro o autor retrata duas cidades com culturas e populações distintas ocupam o mesmo espaço geográfico. A obra é ponto de partida para reconhecermos autoritarismos e segregação, e de certa forma, também retrata as nossas cidades no mundo real, como a cidade de Florianópolis. No livro o autor demonstra que as pessoas pensam, vivem e agem de forma bem diferente. Por aqui tem sido assim também, e no mesmo espaço geográfico! Há concepções de cidade bem distintas! E, o mais importante, do que se espera e se planeja para a cidade.

    Nessa cidade, onde os limites municipais englobam mais de metade em áreas protegidas, seja como áreas de preservação permanente (APP), seja como Unidades de Conservação, a câmara municipal, na contramão do mundo racional, cria um relatório de uma comissão que tem em suas conclusões reestruturar as Unidades de Conservação. De fato, retirando a proteção de muitos ambientes.

    Como na obra de ficção científica de Miéville, também aqui alguns representantes do legislativo tencionam ser autoritários e contra o bem público. O bem público, único e fundamental, a NATUREZA.

    Florianópolis é pouco conhecida como Cidade. Alguém duvida? Vejam os prospectos e a divulgação do turismo, sol, mar, morros exuberantes, lagoas, dunas, manguezais, rios de água doce com cachoeiras em meio a Unidades de Conservação nas encostas, essa é de fato a divulgação turística que atrai os visitantes. Ou alguém vem pelo shopping? (que tem em todo o lugar!).

    E Florianópolis tem muitos ambientes naturais, protegidos pelas 22 Unidades de Conservação que existem aqui! Esse bem público, que é de todos, está sob ameaça iminente!

    As Unidades de Conservação da Natureza, que já existem no mundo desde 1872, são fundamentais para a proteção dos ambientes naturais, e são a forma mais adequada de gestão e manejo do patrimônio natural e em muitos casos culturais também (dos povos e comunidades tradicionais). No Brasil o Sistema de Unidades de Conservação da Natureza, o SNUC, criado pela Lei Federal 9985/2000, indica como devem ser criadas e como deve ser a gestão dessas áreas protegidas. As Unidades de Conservação da Natureza são a principal estratégia mundial de proteção a natureza e de manutenção dos serviços ecossistêmicos.

    Contudo, na contramão de todo e qualquer conhecimento científico, e mesmo legal, alguns representantes do legislativo municipal invertem a importância desses espaços, indicando que são um problema legal e principalmente para algumas propriedades. Ora, a legislação nacional desde a Constituição Federal de 1988 garante o direito à propriedade, mas condiciona-o ao cumprimento de sua função social, permitindo que o interesse público prevaleça sobre o individual quando necessário. Isso está expresso nFunção social da propriedade, no art. 5º, XXIII “a propriedade atenderá a sua função social”. Também como Princípio da supremacia do interesse público, trata-se de um princípio jurídico reconhecido, presente em diversos dispositivos, como: desapropriação por necessidade ou utilidade pública (art. 5º, XXIV); política urbana (art. 182, §2º); e na política agrícola e reforma agrária (art. 184 e seguintes).

    Não seria de interesse coletivo manter as áreas protegidas que nos dão serviços ecossistêmicos, protegem a fauna e a flora, nos dão a beleza dessa Ilha da magia?

    Como na obra de Miéville, essa cidade está em disputa, mas aqui a disputa parece ser entre uma ideia de cidade que quer manter os ambientes naturais fundamentais à saúde pública e social, e outro projeto que quer individualizar e capitalizar esses espaços.

    Vejam, as Unidades de Conservação além de protegerem encostas, nascentes, fauna e flora, diminuem a temperatura ambiente na cidade, funcionam como um ar condicionado natural para as aglomerações urbanas mais próximas, também são, como já escrito nesse texto, a principal atração da cidade. Muitas de nossas áreas protegidas vão do morro ao mar, protegem dunas, restingas e manguezais, portanto também protegem o solo contra a erosão costeira.

    O objetivo deste texto é tentar abrir um diálogo com os representantes do legislativo, desde que, claro esses estejam interessados no bem público e de todos. Que possam ler mais e conhecer a importância desses espaços para a vida, de todos os seres que aqui vivem e que dependem da floresta, dos banhados, das dunas. O que inclui o ser humano, como ser que precisa de acesso aos bens naturais, bens esses que o suprem com os serviços ecossistêmicos fundamentais.

    Retirar, reduzir, modificar as Unidades de Conservação municipais é ir contra qualquer ética moral de proteção à vida.

    Espero que reflitam e que a sociedade organizada possa proteger o bem público que é de todos e de todas.

    at.

    Prof. Orlando Ferretti

    Coordenador do Observatório de Áreas Protegidas.

    Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Catarina.

     

     

     

     


  • Grupo de Estudo da Pós-Graduação no OBSERVA

    O prof. Orlando Ferretti tem um grupo de estudo de orientados, no mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia.

    O objetivo do GE é contribuir coletivamente na discussão teórica e metodológica de cada trabalho, na produção de artigos, auxilio na prévia de qualificação e da defesa de trabalhos de dissertações e teses.

    Da margem esquerda esquerda para a direita da imagem: doutorando Bernardo S. Provedan (turma 2024), mestanda Cléria Maria de Melo (turma 2024), Doutorando Marcelo Rakssa (turma 2024), mestrando Tomás F. Fontan (turma 2025), mestrando Eduardo Arruda (turma 2024), doutorando Dyego Anderson Silva Pereira (turma 2023) e doutorando Vinicius Boneli Vieira (turma 2022).


  • Convite para a 44ª Semageo!

    A Comissão Organizadora do evento formada por docentes do Departamento de Geociências e os estudantes do Centro Acadêmico Livre de Geografia (CALIGEO), convida estudantes, docentes e profissionais para participar da 44ª Semana de Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina.

    44ª SEMAGEO – acontecerá nos dias 26, 27, 28 e 31 de maio de 2025.

    Link do evento https://44semageo.ufsc.br/


    Você tem interesse em escrever seu trabalho para apresentar na semana? Quer ministrar oficina ou minicurso? Quer ministrar uma saída de campo?  Veja nos links como fazer para participar.

    Link para fazer a inscrição no evento



  • Representante do povo Macuxi visita Florianópolis

    Nos diálogos para pensar a importância de povos e comunidades tradicionais, o OBSERVA recebeu e acompanhou Enoque Raposo, coordenador de etnoturismo da comunidade Indígena Raposa Serra do Sol I, de Roraima, povo Macuxi, que esteve em Florianópolis na semana de 31 de março a 4 de abril. Enoque foi um dos palestrantes na mesa de encerramento da IV Escola de Verão e das Águas (EVA), que foi realizada no dia 01 de abril de forma híbrida.

    Enoque Raposo (a esquerda) na mesa durante o EVA de 2025, no centro prof. Orlando Ferretti e profª Marinês Walkowski.

     

    Ainda no dia 01, Enoque fez trabalho de campo pela Ilha de Santa Catarina, conhecendo uma área protegidas (Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição e Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri) e o território das comunidades de pescadores artesanais da Barra da Lagoa e Armação.

    Vinicius Boneli (doutorando UFSC, a esquerda) com Enoque no centro, e Orlando Ferretti,

    em mirante em direção a Lagoa da Conceição em Florianópolis.

     

    No dia 02 de abril, quarta-feira, Enoque particiou do encontro do Grupo de Estudos em Área Protegidas & Povos e Comunidades Tradicionais (AP&PCT), onde dialogamos sobre as experiências do povo Macuxi com o etnoturismo e a resiliência socioambiental dos territórios indígenas no extremo norte brasileiro.

    Participantes do AP&PCT em conversa com Enoque Raposo.

    No mesmo dia, Enoque foi convidado para fazer o roteiro Viva Mont Serrat, Turismo de Base Comunitária, desenvolvido na comunidade junto ao Morro da Cruz, em Florianópolis. O roteiro é uma iniciativa bem sucedida de turismo realizada pela própria comunidade com o apoio do prof. Rafael Freitag, consultor de turismo.

    Padre Vilson Groh, educador social que atua nas comunidades do maciço do Morro da Cruz recebeu a visita de Enoque.

    No dia 03 de abril, Enoque foi convidado por professoras do curso de gradução da Educação do Campo  a visitar o povo Guarani no território chamado Tekoa Marangatu, no município de Imaruí.


  • Pesquisador do OBSERVA assume cargo de Geógrafo em Joinville

     

    O pesquisador  Yan Ewald Zechner, assumiu em março deste ano, o cargo de Geógrafo junto a Prefeitura Municipal de Joinville.

    Esperamos que tenha sucesso nesta nova atividade profissional, o OBSERVA sempre estará aberto para a divulgação de suas atividades e pesquisas.

     


  • Prof. Dr. Nilzo Ivo Ladwig, Presente!

    Nilzo Ivo Ladwig     ∗ 1967  † 2025

     

    O professor Dr. Nilzo Ivo Ladwig (58 anos) faleceu nesta quarta-feira pela manhã, dia 12 de março, devido a um grave acidente em que também faleceu sua mãe Venita Lucila Ladwig (80 anos).

    Nilzo atuava como professor colaborador junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia. E realizava pós-doutoramento junto ao Programa. O professor atuava também no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

    Atuou por 20 anos nos cursos de Geografia e de Engenharia de Agrimensura da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Também foi professor da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) por 19 anos. Atuou ainda em outras instituições privadas. Foi consultor na área ambiental e tinha por pesquisa o campo do planejamento ambiental, estudos geoambientais, em especial planejamento de áreas protegidas, análise e planejamento territorial do turismo e na educação ambiental.

    Apaixonado pela relação sociedade e natureza, Nilzo sempre tentou entender como o meio biótico e abiótico estava profundamente relacionado as necessidades e ações humanas.

    Foi com essa paixão que chegou ao Grupo de Pesquisa OBSERVA há dois anos.

    O professor deixou um legado de livros, artigos e de vivências e conhecimento em seus amigos, alunos, orientandos e colegas de trabalho.

    O local do velório será na capela funerária Caminho da Luz no município de Restinga Seca no estado do Rio Grande do Sul, iniciando as 21:00 horas no dia de hoje.

     


  • Portal para consulta de áreas protegidas no Brasil e em Santa Catarina

    O OBSERVA indica páginas com dados das áreas protegidas brasileiras, com dados e informações sobre as Unidades de Conservação.

    O portal do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação – CNUC, é a página oficial das Unidades de Conservação em território brasileiro. É possível além de fazer pesquisa sobre uma UC ter acesso a dados cartográficos, bem como, baixar dados para uso em SIG.

     

    O portal do Unidades de Conservação no Brasil do Instituto Sócio Ambiental (ISA) , é uma página de uma ONG que atua nas questões socioambientais brasileiras, com trabalho de pesquisa bem aprofundado, e como atualização das UC estaduais e municipais, que por vezes não estão no CNUC.

     

    No estado de Santa Catarina, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) é uma página oficial para as Unidades de Conservação de gestão do estado.

     

    No município de Florianópolis o Geoportal da Prefeitura Municipal de Florianópolis, tem dados das áreas protegidas e outros dados ambientais que podem ser visualizados no Mapa Interativo ou baixar dados em shapefile para tratar no SIG.

     


  • Apresentação e defesa do TCC de Fernando Paludo

    Mais um trabalho de pesquisa desenvolvido por um membro do OBSERVA.

    No dia 17 de dezembro o estudante de Geografia, Fernando Stefanel Paludo, apresentou e defendeu sua monografia de trabalho de conclusão de curso, com o título “Caracterização da avifauna em um fragmento em área urbana em Florianópolis, Santa Catarina”, com dados e análises sobre as aves no Bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Sob orientação do prof. Dr. Orlando Ferretti (Dep. Geociências/UFSC) e coorientação do prof. Guilherme Brito (Dep. de Ecologia e Zoologia/UFSC).

    A defesa ocorreu no dia 17 de dezembro, às 14:00 horas no Laboratório de Análise Ambiental do Departamento de Geociências/UFSC.

    Fernando no momento da apresentação inicial de seu TCC.

    Banca do trabalho de TCC, com Fernando ao centro, à direita o orientador Orlando Ferretti e prof. Dr. Danilo Piccoli Neto; à esquerda de Fernando o biólogo Ms. Elsimar da Silva e o prof. Dr. Guilherme Brito – coorientador.


  • Convite para diálogos sobre Ecologia Política


  • Convite para o VIII Congresso Brasileiro de Educação Ambiental Aplicada e Gestão Territorial

    O tema do evento é Planejamento e Educação Ambiental para a Organização Territorial em Tempos de Crise

    INFORMAÇÕES GERAIS PERÍODO: 14 a 16 de maio de 2025

    LOCAL: Centro de Convivência (UFC) Auditório do Centro de Ciências Departamento de Geografia

    PROMOÇÃO: LAGEPLAN (UFC)

    DATAS E PRAZOS Realização do Evento 14 a 16 de maio de 2025

    Período das inscrições 21 de outubro 2024 a 30 de abril de 2025

    Submissões dos Trabalhos 1 de novembro de 2024 a 2 de maio de 2025.

    Maiores informações no site: https://doity.com.br/viiicbeaagt