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Relato sobre o incêndios no PAEST – 17/09/2019
Os relatos abaixo são de pesquisadores do OBSERVA que estiveram no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro no dia 17 de setembro, a fim de avaliar a área queimada na Planície do Maciambú, Palhoça/SC.
Para Giorgio Gallotti (estudante de Geografia/UFSC), a visita técnica iniciou com uma conversa com os gestores da Unidade de Conservação a fim de ter a impressão dos mesmos sobre o impacto do incêndio. Já ao lado do Centro de Visitantes foi possível observar as áreas de banhado (normalmente úmidas) bem secas. Observamos também que já está se fazendo o corte de espécies invasora, como o pinus (essas árvores quando em período seco são combustível ao fogo). Na conversa com os gestores, a princípio o incêndio iniciou-se em uma estrada no centro da área dos cordões arenosos (e que possui propriedades particulares), nas margens dessa estrada há a instalação das torres elétricas sem a devida proteção de acesso, por onde parte dos moradores descartam entulho, móveis e lixo doméstico. Em conversa com os gestores fica subentendido que os primeiros focos se iniciaram nesses pontos e que devido às condições do tempo as chamas se espalharam na direção de sudeste para nordeste durante o dia e a noite o vento mudou para nordeste, espalhando as chamas de para as áreas que ainda não haviam sido atingidas ampliando a dimensão da área. Se estima que, a fauna foi atingida, mas ainda não há dados.
A bióloga Paula Ribeiro de Souza (mestranda UFSCAR), o incêndio atingiu grande parte das áreas que anteriormente eram alagadas, conhecidas como banhados, um ecossistema fundamental à vida e a qualidade das águas da região. Além de ser rico em matéria orgânica e proporcionar a ocupação e o estabelecimento de uma biodiversidade da fauna e flora, incluindo uma espécie de marsupial considerada vulnerável pela IUCN, Lutreolina crassicaudata. Sem banhados teríamos uma água mais poluída, mais enchentes e maiores riscos de falta d’água em épocas de seca. Por isso a sua preservação é fundamental para a perpetuação da vida selvagem e da qualidade das águas de nossa região.
O biólogo Tadeu Maia, aponta que, o foco do incêndio teve início em pequenos arruamentos para instalação e manutenção das torres de transmissão de energia, paralelas à Estrada do Espanhol, esta que atravessa a área de cordões arenosos até a rodovia principal da Enseada da Pinheira. É comum nestes locais, a deposição e queima de grande quantidade de lixo. O Fogo conduzido pelo vento sul percorreu os cordões arenosos, principalmente nas áreas mais baixas recobertas por taboais completamente secos devido ao longo período de estiagem, alcançando a porção Norte da restinga próxima a praia do Praia do Sonho. Na manhã do dia seguinte, a força do vento Nordeste impulsionou o fogo para o sul, as chamas ganharam força por conta da presença de galharias de pinus, suprimidos para recuperação da área, ultrapassando novamente a Estrada do Espanhol, rumo ao Sul dos cordões arenosos e só foi parado com a mudança de vento no final da tarde do dia 15.
Abaixo algumas fotos tiradas pelos pesquisadores durante a visita:

Vegetação queimada, com a presença de urubus (por causa da presença de animais queimados).

Entulho em área no interior da UC, utilizado pela comunidade local, ao qual se referiu o biólogo Tadeu.
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Convite para palestra sobre Amazônia

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Caminhada na Natureza com Libras – primeira atividade. Estação Ecológica de Carijós
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Convite para conhecer trilha na ESEC Carijós
O OBSERVA, o Projeto de Extensão Terra à Vista e a Estação Ecológica de Carijós (ICMBio) convidam aos interessados pela natureza da Ilha, para um dia de muita educação ambiental, apreciação e conhecimento da natureza.


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Abertura de vagas para o Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFSC

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Informe Grupo de Estudos – Uso Público
Devido às condições desfavoráveis do tempo a atividade em campo será adiada. A nova data deve ser informada assim que for definida. A chuva impede a realização segura da trilha e também o aproveitamento da atividade.
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Atividades no Bosque em Junho
Mutirão do dia 08/06/2019

Grupo que participou do mutirão. Foto: Allisson Jhonatan Gomes Castro
No sábado do dia 08 de junho de 2019 foi feito um mutirão de plantio e manejo na área do bosque do CFH. Essa foi uma ação conjunta entre os estudantes do projeto de recuperação do bosque, a coordenadoria de gestão ambiental (CGA) da UFSC e o grupo de escoteiros Desterro. A faixa etária dos participantes era bem diversa, desde crianças de aproximadamente 7 anos, passando por um grupo de adolescentes até adultos. As atividades começaram às 9:00 horas, com uma conversa sobre a importância do uso do espaço público e sobre a recuperação do bosque, seguida da divisão do grupo em dois, para que fosse possível uma visita pelas diferentes áreas, com diversas paradas para explicar os inúmeros espaços e principalmente para que eles comentassem o que estavam vendo e sentindo nos diferentes locais pelos quais iam passando.
Após a apresentação do espaço, o grupo foi divido em três partes, respeitando a faixa etária e os interesses, para trabalhar em áreas distintas. A primeira turma trabalhou na recuperação de uma horta mandala, a segunda na revitalização do espaço com plantas medicinais e o terceiro grupo plantou mudas, que foram doadas pela FLORAM (produzidas no viveiro do Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri), no entorno do riacho do bosque. Além da importância de vegetar a beira do curso d’água que passa pelo local, essa é uma das áreas de plantio selecionadas pelo Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica da prefeitura de Florianópolis, que busca atuar de forma ativa na defesa, conservação e restauração da vegetação nativa da Mata Atlântica.
Os que dedicaram sua manhã de sábado nessa ação não poderiam estar mais empolgados, resultando em inúmeras trocas de conhecimento, de sorrisos e na visível melhoria das áreas no fim do mutirão.

Crianças trabalhando no canteiro de ervas medicinais. Fotógrafo: Allisson Jhonatan Gomes Castro

Estudante fazendo o plantio de uma espécie nativa. Fotógrafo: Allisson Jhonatan Gomes Castro
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Grupo de Estudos – Uso Público
O Observatório de Áreas Protegidas informa que o próximo encontro do Grupo de Estudos de Uso Público em Unidades de Conservação: Trilhas e Interpretação Ambiental ocorrerá na Trilha da Lagoinha do Leste, no dia 01/07 às 13h30.
Os participantes devem se encontrar na entrada da trilha (no lado do Pântano do Sul). O percurso deve ser iniciado às 13h30.
Para informações contatar o Observa ou diretamente a Profª Talita Góes.
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Membros do OBSERVA oferecem minicurso na 40ª SEMAGEO
Membros do OBSERVA oferecem minicurso na 40ª SEMAGEO:
Áreas Protegidas e a Proteção da Biodiversidade
Nos dias 29 e 30 de maio, durante a 40ª Semana da Geografia – SEMAGEO, foi realizado um minicurso ministrado pela geógrafa e doutoranda Talita Góes, o biólogo e doutorando Tadeu Maia e o graduando Yan Zechner.
No primeiro dia de minicurso , tivemos a participação de 12 pessoas. Iniciamos a manhã com uma aula teórica ministrada por Talita e Yan sobre Unidades de Conservação (UC), fragmentação e conectividades com ênfase nas UCs e corredores ecológicos na Ilha de Santa Catarina.
Doutorando Tadeu no segundo dia do minicurso, no LAAm. Foto: Tadeu Maia
No período da tarde , o grupo se deslocou para o Parque Natural Municipal do Morro da Cruz (PANAMC) para uma atividade de campo , onde a doutoranda e o graduando trabalharam alguns conceitos na prática, podendo assim visualizar do alto do Maciço do Morro da Cruz a urbanização do distrito sede de Florianópolis e as áreas adjacentes. Um dos destaques na observação foram as unidades de conservação no entorno do maciço, em especial na bacia do Rio Itacorubi, além de caminhar e aprender mais sobre o PANAMC e a vegetação de Mata Atlântica em duas trilhas na sede do Parque,finalizando com um por do sol sobre a cidade.
No segundo dia do minicurso, com a presença de Tadeu, discutiu-se a gestão da

Vista do por-do-sol entre nuvens, em um mirante do Parque voltado à Baía Norte. Foto: Yan Zechner.
biodiversidade, além da apresentação de parâmetros técnicos para interpretação de instrumentos normativos ligados a espaços territoriais protegidos. Foram também realizadas três discussões embasadas em dados recentes trazidos por autores renomados: 1) Indicadores do sexto evento de extinção em massa (Gerardo Ceballios, 2015; 2017; 2018) Biodiversidade porque importa? (Bráulio dias, 2017); Quanto vale o verde? (Carlos Young e Rodrigo Medeiros, 2018). Finalmente foram apresentadas interpretações de lacunas técnicas e definições dos conceitos de APP de nascentes e olhos d´água, margem de rios, vegetação de restinga e áreas de manguezais, apicuns e salgados.
Abaixo algumas fotos da atividade em campo

Aula em campo com a doutoranda Talita. Foto: Yan Zechner.

Vista da Grande Florianópolis no mirante do Morro da Cruz. Foto: Yan Zechner

Foto do grupo que participou do minicurso, junto aos ministrantes. Foto: Yan Zechner.

Observação da Bacia do Rio Itacorubi. Foto: Yan Zechner.
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Convite para 1ª Conferência de Educação Ambiental de Florianópolis/2019
