Convite para XI Seminário de Educação Ambiental GTEA RH08: Sociedade, saúde e biodiversidade!


NOTA DE REPÚDIO
Prezados discentes, docentes, servidores e comunidade universitária
O Parque Ecológico Municipal Professor João Davi Ferreira Lima, conhecido como Parque do Córrego Grande, antes Horto Florestal, é uma área cedida pelo IBAMA ao município de Florianópolis no ano de 1994. Como era uma área de plantio de espécies exóticas, houve a recuperação do solo e plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Em pouco tempo, o Parque se tornou uma importante área verde em meio à densidade urbana do Distrito Sede de Florianópolis e se constitui hoje como uma das únicas áreas verdes de lazer próximas à Universidade Federal de Santa Catarina.
O parque é a sede do Departamento de Educação Ambiental da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), onde são ministrados cursos de sensibilização e conscientização ambiental com estudantes de escolas da Grande Florianópolis, além de oficinas de Educação Ambiental, reciclagem, plantio de espécies nativas, etc.
O Parque é um fragmento de habitat natural fundamental para a conectividade do mosaico de áreas protegidas no município, em especial servindo como um corredor ecológico. A área do Parque está ligada ao Parque Municipal do Manguezal do Itacorubi por uma série de canais de drenagem e está próximo à vegetação de encosta dos maciços, em especial do Parque Natural Municipal do Maciço da Costeira e do Parque Natural Municipal do Morro da Cruz. Como corredor ecológico, é fundamental para o pouso, descanso, alimentação e reprodução de aves, inclusive como área de nidificação. Também tem servido a mamíferos menores que ali vivem, em especial aos saguis e cotias que convivem nesse retângulo em meio à urbanização. Importante também para anfíbios (muitas rãs) e répteis (os jacarés do papo amarelo que se reproduzem na área e depois migram para os canais no manguezal do Itacorubi). Também se destaca como uma área fundamental para diminuir a intensidade das ilhas de calor que assolam a região no verão.
O Parque é um bem de interesse difuso e coletivo, portanto, de todos e de ninguém em particular, conforme regula a legislação ambiental brasileira. A venda de uma área dessa natureza se constitui num dano moral e ao patrimônio natural.
O Departamento de Geociências, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, repudia a venda ou a privatização da área do Parque Ecológico Municipal Professor Davi Ferreira Lima, para não deixarmos que esta área, de importância também didático-pedagógica, de pesquisa e de extensão para a UFSC, seja usada para outros fins que não o de preservação e educação ambiental. Somos pela renovação da cessão de uso do Parque.
Florianópolis, 26 de maio de 2020.
Segue abaixo a carta enviada a superintendente da FLORAM para a criação da REVIS Meiembipe:
Ilmo Sr. Rafael Poletto
Fundação Municipal do Meio Ambiente – FLORAM
Prefeitura Municipal de Florianópolis
Assunto: Apoio à criação do Refúgio da Vida Silvestre Municipal Meiembipe.
Prezado Superintendente,
O Grupo de Pesquisa Observatório de Áreas Protegidas (OBSERVA), está situado na Universidade Federal de Santa Catarina, se dedica ao estudo e pesquisa de áreas protegidas, em especial as localizadas no Estado de Santa Catarina. Congrega pesquisadores de todo o Brasil, que estão confiantes na aprovação da proposta de criação de mais uma Unidade de Conservação na Ilha de Santa Catarina, o Refúgio da Vida Silvestre Municipal Meiembipe (REVIS-Meiembipe).
Dentre as pesquisas realizadas pelo OBSERVA, destacam-se os estudos sobre a conservação da biodiversidade e os condicionantes físicos das paisagens. Acreditamos que a criação do REVIS-Meiembipe poderá auxiliar na proteção efetiva da região norte da Ilha, bem como auxiliar na gestão de áreas de nascentes, encostas, rios e solos de Florianópolis. Ademais, a proteção do patrimônio natural evita a ocorrência de desastres, como erosão do solo, enchentes e deslizamentos, além de evitar ocupações irregulares, o que por sua vez, minimiza riscos à população.
Consideramos que, a partir das pesquisas já realizadas, a preservação do ambiente natural na Ilha de Santa Catarina tem se mostrado essencial para a preservação da biodiversidade local e fornecimento de serviços ecossistêmicos, tais como abastecimento de água de qualidade e regulação climática, além de conter a alteração na frágil organização dos sistemas naturais.
É importante salientar que a proposta de criação de unidades de conservação nos maciços norte da Ilha data de 2007, e que naquela oportunidade foram envolvidos nas discussões pesquisadores, equipe do DEPUC, IPUF, ICMBio e lideranças comunitárias. Ademais, trabalhos de pesquisa citaram a importância de se criar uma unidade de conservação naquela área.
Entendemos que o município de Florianópolis é destaque nacional no que diz respeito às áreas protegidas, e em especial às unidades de conservação. Acreditamos que a criação deste Refúgio da Vida Silvestre complementará os esforços de conservação e preservação da biodiversidade da região norte da Ilha de Santa Catarina, e que também subsidiará na implementação do Plano Municipal da Mata Atlântica.
Pelo exposto, os pesquisadores do OBSERVA externam o apoio à criação do Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe, e reconhecem o esforço da equipe do DEPUC, FLORAM e demais órgãos municipais envolvidos na confecção do projeto técnico e na condução do processo de consulta pública e criação da unidade de conservação.
Em nome dos pesquisadores e pesquisadoras do OBSERVA, agradeço a sua atenção.
Respeitosamente,
Prof. Dr. Orlando Ferretti
Coordenador do Observatório de Áreas Protegidas (OBSERVA/UFSC)
Grupo de Estudo do Observatório de Áreas Protegidas acontece de forma virtual com inicio no dia 20 de abril às 14 horas. Interessados devem encaminhar solicitação para participar da reunião virtual para orlando.ferretti@ufsc.br
Áreas protegidas e Serviços Ecossistêmicos.
Objetivo: Entender a aplicação de conceitos e proposições dos serviços ecossistêmicos nas áreas protegidas.
Texto 1: Conhecendo a temática.
ANDRADE, Daniel C. ROMEIRO, Ademar R. Serviços ecossistêmicos e sua importância para o sistema econômico e o bem-estar humano. Texto para Discussão. IE/UNICAMP, Campinas, n. 155, fev. 2009.Texto_1_Serviços_Ecossistêmicos
Em função do aumento de casos do Covid-19 (coronavírus) na Grande Florianópolis, a fim de resguardar a integridade física dos pesquisadores e estudantes, e, procurando seguir protocolos internacionais e indicações de pesquisadores nacionais sobre a transmissão do vírus, a coordenação do Grupo de Pesquisa está suspendendo por tempo indeterminado as atividades coletivas do OBSERVA.
Pesquisadores podem utilizar o espaço do Laboratório de Análise Ambiental para atividades individuais. Pedimos que se evitem reuniões e atividades coletivas.
Para saber mais sobre o Covid-19 e as ações da UFSC acesse https://noticias.ufsc.br/2020/03/coronavirus-ufsc-esclarece-principais-duvidas-sobre-medidas-de-contingencia/
at.
Prof. Dr. Orlando Ferretti
Coordenador do Grupo de Pesquisa Observatório de Áreas Protegidas (OBSERVA).
Coordenador do Laboratório de Análise Ambiental (LAAM)

O livro Geografia Física e as Mudanças Globais tem como objetivo reunir pesquisas relacionadas à temáticas importantes sobre as mudanças globais, como vulnerabilidade e risco, incertezas, adaptações, projeções de cenários, planejamento e mitigação de impactos socioambientais.
http://www.editora.ufc.br/catalogo/28-geografia/982-geografia-fisica-e-as-mudancas-globais
A décima oitava versão do Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada foi sediada na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, no período de 11 a 15 de junho 2019, sob a organização da Universidade Federal do Ceará – UFC, por meio do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Centro de Ciências e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais do Instituto de Ciências do Mar- LABOMAR.
O XVIII SBGFA contou com a inscrição de 1300 participantes, recebeu a submissão de 1600 trabalhos e publicou em formato de ebook 1327 artigos. A publicação foi organizada em eixos temáticos que, além de contemplarem as áreas de conhecimento tradicionais da Geografia Física, trazem discussões importantes, em escala global, a exemplo de: impactos na Amazônia, gestão territorial na Antártida, qualidade e acesso as águas potáveis em países em desenvolvimento, segurança alimentar, energias renováveis e desafios da descarbonização, eventos climáticos extremos, riscos e desastres naturais.



